Uma pesquisa divulgada neste sábado (28) pelo Instituto Paraná Pesquisas revelou que 30,6% dos brasileiros consideram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o principal responsável pelas fraudes em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A sondagem foi realizada entre os dias 18 e 22 de junho, com 2.020 eleitores em todo o país.
De acordo com o levantamento, os funcionários do próprio INSS aparecem como culpados para 25% dos entrevistados. Já 12% atribuem responsabilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros apontamentos incluíram sindicatos e associações (7,1%), o Congresso Nacional (0,9%), e a todos os citados (3,3%). Cerca de 19,9% não souberam responder ou preferiram não opinar.
O escândalo, revelado pela Operação Sem Desconto, já dura dois meses e envolve a aplicação de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. A prática teria ocorrido entre 2019 e 2024 e inclui a atuação de associações, corretoras, call centers e empresas de consultoria.
Segundo dados do INSS atualizados em 19 de junho, aproximadamente 3,4 milhões de beneficiários alegam ter sido vítimas do esquema. No entanto, apenas 93,2 mil reconhecem formalmente os descontos. O número de possíveis lesados pode chegar a nove milhões.
O presidente do INSS, Gilberto Waller, afirmou que o prejuízo com ressarcimentos pode alcançar até R$ 2,1 bilhões, valor que será corrigido pela inflação. O reembolso aos aposentados depende da homologação de um acordo pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e da edição de uma Medida Provisória para liberação dos recursos. A previsão é que os pagamentos comecem no dia 24 de julho.
A pesquisa também revelou que 90,5% dos entrevistados estão cientes do escândalo. A taxa de conhecimento é ainda maior entre idosos com 60 anos ou mais, atingindo 95,4%.









